Mercado Imobiliário 12/06/2013


Setor imobiliário tem melhor abril desde 2004, diz Secovi

A venda de imóveis cresceu 73,8% em relação a abril de 2012.

 

Fonte: Meta Análise, 12 jun. 2013

 

O mercado de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo registrou os melhores resultados em vendas para o mês de abril desde 2004.

 

O Secovi-SP registrou venda de 3.488 ante 2.007 imóveis em abril do ano passado. O aumento é de 73,8%. Em relação a março, as vendas foram 14,7% inferiores. O resultado mais próximo ao de abril deste ano ocorreu em 2010, quando o volume vendido atingiu 3.236 imóveis.

 

Considerando os números em VGV (Valor Global de Vendas), as vendas totalizaram R$ 1,75 bilhão e foram 84,3% superiores ao VGV de abril de 2012.

 

A Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) apurou o lançamento de 2.716 unidades, o que também significou o maior volume lançado em abril desde 2004.

 

O primeiro quadrimestre de 2013 acumulou vendas totais de 10.350 unidades, com alta de 39,7% em relação ao mesmo período de 2012 (7.407 imóveis). Os lançamentos totalizaram 8.037 unidades, um crescimento de 51,1% diante das 5.319 unidades lançadas de janeiro a abril de 2012.

 

A Região Metropolitana de São Paulo, no primeiro quadrimestre, registrou a comercialização de 16.299 unidades, das quais 63,5% só na Capital. Os lançamentos no período somaram 12.077 imóveis, sendo 8.037 unidades na capital paulista.

 

De acordo com o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, os resultados superaram as expectativas.

 

Já segundo Emílio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Sindicato, a dinâmica do mercado no ano não deverá acompanhar os resultados acumulados no período de janeiro a abril. “É bom lembrar que a oferta de novas unidades dependerá do ritmo de aprovação de plantas. O setor ainda esbarra em questões como a dúvida sobre a reposição ou não de projetos aprovados e quanto às condições para a viabilização de novos empreendimentos dentro da legislação urbanística em vigor na cidade”, afirma Kallas.

 

Venda de imóveis novos sobe 40% até abril em SP

Total de unidades lançadas avança 51%; para setor, movimento tende a ser pontual

 

Fonte: Folha, 12 jun. 2013

 

As vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo cresceram 39,7% nos primeiros quatro meses do ano em relação ao mesmo período de 2012, segundo o Secovi-SP (sindicato das construtoras).

 

De acordo com o balanço, foram comercializadas 10.350 unidades no primeiro quadrimestre deste ano –73% delas nos meses de março e abril.

 

O total de unidades lançadas também subiu. Passou para 8.037, alta de 51%, segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio). O preço do metro quadrado acompanhou o movimento, com elevação de 22% no primeiro quadrimestre deste ano, para R$ 7.982.

 

Apesar do crescimento nas vendas, Luiz Paulo Pompeia, presidente da Embraesp, diz que o resultado tende a ser pontual. “Os juros subiram, a inflação está alta, o que atrai menos os compradores. O movimento não deve se repetir.”

 

João da Rocha Lima Jr., coordenador do núcleo de mercado imobiliário da Poli-USP, afirma que a expansão é resultado de empreendimentos lançados com grande número de unidades.

 

Grupo Pão de Açúcar entra em shoppings

Fonte: Valor, 12 jun. 2013

 

O Grupo Pão de Açúcar entra oficialmente amanhã numa nova área de atuação, o segmento de shopping centers de pequeno porte, com a abertura do primeiro “shopping de vizinhança” da companhia, localizado num antigo terreno da empresa, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Pertencente ao portfólio do braço de negócios GPA Malls & Properties, o empreendimento ocupa uma área bruta locável de 12,5 mil m2 e começa a funcionar com 40 lojas de redes como Centauro, Alô Bebê, Pet Center Marginal, além de um supermercado Pão de Açúcar. O investimento atinge R$ 40 milhões. Foi criada uma marca para os shoppings do grupo chamada Conviva – no Rio, o empreendimento chama-se Conviva Américas (está sediado na avenida das Américas).

 

Uma mudança estratégica levou o Casino, controlador da companhia e operador de shoppings na Tailândia, a investir nesse modelo de operação, e interromper o plano anterior. No projeto mantido até meados do ano passado, havia permuta de parte dos terrenos, onde estão supermercados e hipermercados, para construtoras de imóveis residenciais e comerciais. Três terrenos foram negociados nessas condições. “Ao se desfazer de uma área para construção de prédios pela permuta, você recebe uma receita uma única vez, não há ganho com locação. Quando abrimos shoppings, a empresa rentabiliza aquele espaço sempre, a receita não se esgota”, disse Alexandre Vasconcellos, diretor-geral do GPA Malls & Properties, responsável pela gestão dos ativos imobiliários do grupo desde 2009.

 

O Pão de Açúcar, na área de supermercados, hipermercados e atacado, soma 693 lojas e 1,5 milhão de m2 de área. O GPA Malls foi criado para buscar projetos de exploração desses espaços e já vinha discutindo internamente, anos atrás, a ideia de criar shoppings, mas o projeto não havia avançado até o momento. No formato atual, no Rio, o supermercado Pão de Açúcar ocupa cerca de 20% da área, e no entorno, estão os pontos de venda âncoras e satélites, além da praça de alimentação. É um empreendimento horizontal, de um único piso.

 

Ainda pesou na decisão de abrir shoppings de vizinhança o efeito imediato das altas margens do negócio nos resultados do grupo. As maiores empresas abertas de shoppings no Brasil operam com margens Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação) superiores a 70%. Na BRMalls, a maior companhia do setor, a taxa foi a quase 77% no primeiro trimestre. É uma margem gigantesca se comparada com índice do varejo alimentar, que atingiu 7% no GPA de janeiro a março. Atualmente, a margem Ebitda do GPA Malls está um pouco abaixo de 40%. “Ainda há muito a se ganhar ao compararmos com a taxa média das grandes empresas do mercado”, diz Vasconcellos.

 

Na outra ponta, para que o negócio avance, será preciso crescer contendo gastos. Shopping é uma operação que exige altas somas de investimento e tem algumas despesas operacionais pesadas, como energia e mão de obra (como já é no varejo) – levando, inclusive, grandes companhias do setor a reforçar aos investidores recentemente que estão atentas a essa linha do balanço. Em 2012, o GPA Malls gerou R$ 153 milhões em receita bruta de vendas. Não há dados de 2011 e a empresa não informa se a operação registra lucro.

 

“O risco de operação deles é menor, porque são shoppings pequenos. Se for bem localizado e tiver demanda, é um empreendimento que se paga num prazo médio do mercado”, disse Mauricio Morgado, sócio da Morgado & Vitelli Consultoria.

 

Para que o projeto evoluísse, o comando do GPA Malls visitou as operações do Casino na Tailândia, onde a empresa opera galerias de lojas mais populares. Algumas ideias vieram desse contato. A equipe brasileira também foi reforçada, passando de cerca de 100 pessoas alguns meses atrás para 170 funcionários.

 

Há perspectivas de aberturas de empreendimentos do Conviva em São Paulo e Minas Gerais em moldes semelhantes ou menores que o do Rio. Pelos cálculos da empresa, a ideia é que a cada 1 m2 de supermercado instalado na área, haverá 1 m2 de lojas instaladas. A ideia é ter empreendimentos do Conviva de 7 mil m2 a 12 mil m2 de área. “Em municípios com 80 mil habitantes podemos levar galerias abertas que se adaptam bem a cidades menores. Há vários modelos possíveis, só depende da cidade”.

 

Redes como Colombo e Barred’s, Bob’s e Burger King já fecharam parceria com o grupo. No Conviva Americas, a Centauro terá um ponto de 3 mil m2, unidade considerada “loja conceito” da rede na cidade. O ponto do Pet Center Marginal será a primeira loja da rede no Rio Assim como ocorre nos grandes shoppings, as lojas fecham contratos padrão com o GPA Malls, que envolvem o pagamento de aluguel mínimo, luvas (espécie de adiantamento pago ao locador), entre outras obrigações.

 

O GPA Malls prevê adicionar 40 mil m2 a seus projetos no setor imobiliário este ano, incluindo shoppings, e mais 100 mil m2 em 2014. Esse número vai se somar aos atuais 190 mil m2 de área bruta locada pela empresa hoje.

 

Assinatura 11e12

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